Ando a tentar mais do que nunca conter-me e não fazer um post sobre o tema mais falado do momento: as praxes. Sei que há muitas opiniões e que iria gerar confusão. Não me apetece argumentar e alongar-me muito com o assunto por isso vou ficar-me por aqui. De qualquer das formas, queria referir que a minha opinião sobre o assunto está muito espelhada nos posts do ano passado que fiz enquanto caloira, basta vê-los. Só gostaria que este assunto ficasse encerrado o mais rápido possível para que as famílias possam fazer o seu luto em paz e para que terminem as picardias de quem é a favor e de quem é contra.
Fui muito boa aluna no ensino básico. No secundário, estava na média do que se considera boa aluna. Chegada a faculdade, dei por mim a chumbar a uma cadeira. Para mim foi a tragédia, o abismo. Nunca me tinha sentido tão burra em toda a minha vida. Fiquei demasiado chateada comigo própria e não me perdoei. Nunca me tinha passado pela cabeça alguma vez chumbar, era para mim um erro imperdoável. Na realidade, chumbei em parte por estupidez. Não me dediquei como devia. Não dei a atenção que esta cadeira merecia. Precisava de ter estudado muito mais, de me ter aplicado o triplo. Este ano percebi isso! Repeti a cadeira e estava cheia de medo de reprovar novamente. Não podia repetir o mesmo erro. Desta vez foi diferente. Apliquei-me ao máximo. Estudei o dobro. Pratiquei o triplo. E os resultados ficaram à vista. Era uma cadeira que merecia a prática constante, e foi essa a atenção que lhe dei. Estudei semanalmente para não me perder outra vez na matéria. Hoje posso dizer que consegui passar! Está oficialmente feita. E para além de ter simplesmente passado, consegui fazê-lo com um 17 na frequência. Não estava à espera de tanto, fiquei estonteante, felicíssima. Todo o esforço que tive ao longo do semestre reflectiu-se agora na época de exames. De certeza que se tivesse sido aprovada no ano passado a nota não seria tão boa. Tudo isto para vos dizer que, por vezes, chumbar vale a pena. Se por acaso chumbarem a alguma coisa não façam disso um bicho de sete cabeças porque não é. Encarem mais como um processo de aprendizagem como eu própria fiz. Tudo o que é mau, pode ser melhor. Se assim o quisermos.
Está um bolo de chocolate na cozinha a olhar para mim. Nem sequer o estou a ver, mas eu sei. Sinto. Ele chama por mim. Grita o meu nome e implora que o vá buscar mas eu sou forte. Eu resisto. É nestas alturas que me sinto chateada por ser gulosa. Às vezes abuso um bocado. Admiro quem não gosta de chocolate porque adorava ser assim. A minha vida era muito melhor se eu não fosse gulosa, mas não era tão feliz. Porque comer é dos melhores prazeres da vida, digam o que disserem. Mas pronto, se alguém estiver disposto a ficar com o meu bolinho, eu ofereço. E é de boa vontade, acreditem! Eu prometo que não fico chateada. Levem-no todo e disfrutem! Eu sei que ficará em boas mãos, ou melhor, boa boca.
"First, you think the worst is a broken heart What's gonna kill you is the second part And the third, is when your world splits down the middle And fourth, you're gonna think that you fixed yourself Fifth, you see them out with someone else And the sixth, is when you admit that you may have fucked up a little
No there's no starting over, Without finding closure You'd take 'em back No hesitation, That's how you know you've reached the sixth degreee of separation"
Acho que já devem estar fartos de me ouvir a lamentar sobre os meus exames e bla bla bla. Peço desculpa mas como não tenho mais nada para falar vou ter que continuar a insistir no assunto. Não se chateiem comigo, prometo que quando acabar me calo com isto, sim?
Ora bem, tive mais uma frequência daquelas boas. Das melhores, aliás. 1h40, 2 perguntas, 10 valores cada. Toma lá para ver se gostas - deve ter pensado o professor quando a fez. 2 perguntas tudo bem, quer dizer, tudo mal para mim, mas percebo que para ele é bom porque tem menos para corrigir (estes professores saíram-me cá uns preguiços...). Só não percebo o porquê de 1h40, mas pronto, tentei gerir o tempo da melhor maneira e por isso usei 1h para inspiração divina, 30 min. para escrever qualquer coisinha e 10 min. para fazer as contas à nota que vou ter. Foi bem dividido ou não? Por acaso até tenho muito jeito para inventar e criar respostas quando não percebo nada do assunto, o problema é que este professor não vai nessa conversa... Mas pode ser que dê para passar. É só isso que peço para esta cadeira que sinceramente faz tanta falta ao meu curso como um pastel de nata em cima de uma árvore. (Eu sei, esta comparação não teve lógica nenhuma). E a vossa vida como é que vai? Espero que mais animada que a minha!
Depois do último post exercitei todo um processo reflectivo e percebi que ao fim de contas aquele não é o único professor estranho que encontrei no meu percurso académico. O ano passado tinha um que era professor/dançarino de danças de salão cujo facebook estava inundado de tais fotografias maravilhosas de concursos e competições em que todo um gel se abatia sobre aquele cabelo e base na cara até dizer chega. Lindo de se ver! Só para não falar de que tem apenas mais uns 6 anos do que eu, o não o tratar por tu era uma tarefa complicada. O que vale é que até era bastante simpático e bom professor. Disso não me podia queixar! Outra professora minha foi descoberta pelo youtube a correr atrás de cães, vejam lá. Participa em corridas de cães, daquelas com obstáculos e tudo. Coisa profissional. Mas aquilo de vê-la a correr atrás do cão é uma imagem que se abate sobre minha cabeça nas aulas e me desconcentra. Não sei, é estranho. Com isto podem perceber que eu juntamente com os meus colegas somos uns grandes stalkers e que os professores, para além da carreira académica, têm um outro lado que, por vezes, ultrapassa o estranho. Contem-me coisas esquisitas que saibam dos vossos professores. Apetece-me rir!
Aquele momento em que descubro que um professor meu é vocalista numa banda de rock alternativo. Até aqui tudo bem... O pior é quando me aventuro a ouvir as músicas. Músicas com uma linguagem bastante explícita, ousada, acho que me estou a fazer entender... Fiquei chocada, chocadíssima. Ainda por cima vou ter a frequência dessa cadeira em breve. Já pensei em escrever lá o refrão de uma dessas músicas. Merecia um 20 só pela coragem não?! Nunca mais vou olhar para o professor da mesma maneira.