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Vida de uma Estudante Universitária

A visão de uma estudante universitária sobre a sua vida académica e pessoal.

Vida de uma Estudante Universitária

A visão de uma estudante universitária sobre a sua vida académica e pessoal.

03
Jun13

As pessoas não sabem amar

A vida surpreende. A vida prega-nos partidas. Não vamos por acaso. É ela que nos leva lá. Era sensível, agora sou fria. Quebro com facilidade, lá no fundo sou frágil. Já amei demasiadamente a sério. O pior é que ainda amo. A vida faz-nos ver o que queremos esconder. Já lá vão 3 anos e 3 anos é muito tempo para quem vive momentos. Sou nova. Demasiado nova para me agarrar a algo que não me leva a lado nenhum, mas que já levou. Em 3 anos cresci muito. Tentei esquecer. Juro que tentei! Depois desta nova fase da minha vida, estava confiante de que já tinha esquecido, estava mesmo. A vida estava diferente, conheci novas pessoas e ganhei novos hábitos. A rotina mudou, a atitude mudou, os pensamentos mudaram. Os sentimentos não. Infelizmente! Julgava que já controlava, afinal ele é que me controla a mim. Estou surpreendida, bastante até. Como é que ainda não esqueci passado tanto tempo? Como é que não superei? Não há explicação. Estive 9 meses sem ter qualquer contacto com ele. Sem o ver, sem falar com ele e sem ter qualquer tipo de notícias. Já pensava menos nele. Já era mais feliz sem ele. Já não sentia um vazio tão grande. Aparentemente era tudo ilusão. O sentimento continuava cá, ainda continua. Depois deste tempo todo, reencontrei-o. Reencontrei-o com outra pessoa no meu lugar. Não me espanta! Não é a primeira, não será a última. Nenhuma delas ocupou verdadeiramente o meu lugar, disso tenho a certeza. Tenho medo que esta o faça, que seja diferente. Um dia vai acontecer, eu sei. E nesse dia, se eu continuar igual, vou chorar, vou sofrer a sério. O reencontro foi simples, nada de verdadeiramente especial. Ela estava com ele. Apenas falámos uns minutos para saber se estava tudo bem. Minutos esses que me mostraram que nada mudou, pelo menos para mim. Aquele olhar é o mesmo, desde que o conheço. Mostrou preocupação. Chateia-me é não saber o que ele pensa. Chateia-me não saber o que ele sente. Chateia-me o facto de me preocupar com tal coisa. Minutos antes de nos encontrarmos descobri que tinha perguntado por mim, tinha perguntado se eu ia estar lá, onde ele estava. Pensei que já não se interessasse. E não sei se ainda se interessa. Ele confunde-me. Abala-me. Destabiliza a minha vida quando penso que está estável. Sempre o fez e sempre o vai fazer. Nem sei se dá por isso, mas fá-lo sem ser preciso muito. Eu continuo sozinha. Não sei se por ter medo, se por estar agarrada ao passado. Só queria saber o que a vida me reserva porque isto não é vida para ninguém. O passado chama-se passado por isso mesmo. Não é suposto continuar no presente. Eu vivo o presente mas penso o passado. As saudades abatem-se sobre mim de maneira inexplicável. Dói! É demasiado amor para uma pessoa só. Queria liberdade, não gosto da dependência. Deixa-me ser, eu deixo-te estar.