A saga dos professores
Já por aqui falei nos professores esquisitos que tenho vindo a encontrar ao longo destes dois anos em que estou na faculdade. Eis que entretanto me lembrei de uma situação que nunca tinha aqui referido. Como é que me pude esquecer disto?! Passo então a explicar: a Paula (Dra. Paula, vá) foi minha professora no primeiro ano de faculdade. Esta, para além de professora, é também médica. Mais especificamente, é anatomopatologista. Se não souberem o que é, espreitem no sr. google que ele é um rapaz culto, mas posso dizer que, no caso dela, está relacionado com autópsias e coisas do género. Isto está a ficar interessante não está? Pois bem que a professora Paula achou que, numa aula completamente normal (achava eu), seria útil mostrar uma imagem muito engraçada. Era uma daquelas imagens de órgãos que quem está na área de saúde sabe que são o pão nosso de cada dia e que eu, por acaso, teimo sempre em interpretar como qualquer-coisa-esquisita-que-não-sei-o-que-é-mas-que-faz-parte-do-corpo-humano. E o que é que estava nessa tal imagem? Perguntam vocês! Pois perguntam bem. Era um útero! Mas desengane-se já quem pensa que era um útero qualquer. Um útero vulgar. Não! Era o útero da Elsa! Não sabem quem é a Elsa? É uma amiga da professora, pois claro. Estão a ver o que é a professora dizer: "Queridos alunos, esta é imagem do útero da minha amiga Elsa.", toda a gente parou pensando que uma estranha força da natureza se tinha apoderado da cabeça da professora e que esta se tinha transformado num ser alienígena cuja capacidade de raciocínio se tinha desvanecido em poucos segundos. Mas eis que surge um "Não se preocupem que eu pedi-lhe autorização para usar a fotografia". Ahhhh pronto, então se pediu autorização está tudo bem! Com certeza que isso torna a situação muito mais normal, possa.
Mesmo sem conhecermos a Elsa, conhecemos o seu interior. Obrigada professora Paula! Que experiência enriquecedora.