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Vida de uma Estudante Universitária

A visão de uma estudante universitária sobre a sua vida académica e pessoal.

Vida de uma Estudante Universitária

A visão de uma estudante universitária sobre a sua vida académica e pessoal.

21
Abr15

Arriscar

Temos de tudo. Em todo o lado. Pessoas corajosas, que gostam de arriscar em cada segundo da vida. Que não têm medo do futuro e que se propõe a todo e qualquer desafio. Pessoas que se sentem bem fora da zona de conforto e que se atiram de cabeça. Sem medos nem receios. Depois também temos as pessoas mais contidas. Que gostam da monotonia e não se aventuram. Pessoas em que os receios superam a coragem impedindo todo e qualquer passo mais arriscado. Pessoas que sonham muito mas concretizam pouco. Se tiver em conta os meus últimos anos de vida, acho que me insiro no segundo grupo. E isso é algo que não me deixa propriamente contente. Sempre admirei as pessoas que arriscam sem medos e que vão à luta por tudo aquilo que querem. E sempre achei que devia ser mais assim. Em tudo na vida. Sou muito insegura e só há pouco tempo é que me apercebi de que isso me impedia de fazer muita coisa. Ideias tenho imensas. Vontade também. Mas a insegurança e a falta de confiança mandam-me abaixo em três segundos. Eu não tenho confiança em mim própria. Acho que nunca vou conseguir fazer nada que seja novo para mim. Sou naturalmente pessimista. Penso sempre que vai tudo correr mal e que não tenho capacidades para resolver situações que estão fora do que me é habitual. Às vezes acabo por me auto-propor para esse género de coisas a muito custo. Só mesmo quando me mostram que irá ser bom para mim. Geralmente tenho a noção de que arriscar é bom. A vontade de participar em algo novo também está sempre presente. No entanto, os medos acabam muitas vezes por me deixar de pé atrás. Na faculdade, sou muitas vezes assim. Há vários projetos em que me envolvo em que vou completamente ansiosa e com medo de falhar. A preocupação é de tal ordem que não penso noutra coisa nos dias antes desses mesmos projetos. É horrível aquela sensação no estômago. Sei que podia participar em muito mais coisas, que me podia oferecer para muitas tarefas e que podia tomar a iniciativa de realizar projetos na minha área. Mas vivo no conformismo. E cheguei a um ponto em que conclui que não podia continuar assim. Estive quase a desistir de uma atividade por ter imenso medo de falhar. E até posso falhar... Mas a experiência vai ser tão boa que ultrapassa tudo. Neste momento, tomei a decisão de me envolver numa coisa a sério - um projeto de investigação - que não é obrigatório. Eu própria me voluntariei para o fazer. Isto vai roubar-me muito tempo... Ainda para mais numa altura em que vou estar a estagiar 8 horas por dia. Não sei por quanto tempo se irá prolongar mas sei que me dará muito trabalho. É algo em grande e no qual nunca trabalhei. Um mundo novo para mim mas no qual tenho muita vontade de trabalhar. Se a coisa for bem feita, poderá levar-me longe. Vai contribuir muito para o meu currículo e inclusivé poderá levar a uma posterior publicação em revista científica e exposição em conferências. Se estou com medo? Muito. Não sei se vou ser capaz pois nunca me envolvi em nada deste género. Mas resolvi arriscar. Achei que era o momento certo para deixar a insegurança de lado e me atirar de cabeça. Por enquanto é só no percurso académico mas espero conseguir aplicar isto no resto da minha vida. Eu já dei o meu sim. Agora é trabalhar mais que nunca! Só queria fazer a diferença. Pelo menos desta vez.

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